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Conhecendo a casuística ufológica de Lagoa do Piauí e
Demerval Lobão –PI

 

1. A Pesquisa de Campo: uma conquista gradual

O ano passado (2006) foi marcado por algumas viagens de campo repleto de aventuras. Tivemos que enfrentar pelos menos por duas vezes intensas chuvas que vieram a contribuir para nosso fortalecimento como pesquisadores. Vivenciamos fatos novos e situações que nos condicionaram a uma maior resistência para coleta de dados no campo ufológico. Acreditamos que se algum contato por ventura venha acontecer em vigílias futuras, estaremos aptos a dar uma boa resposta a sociedade para estes fatos misteriosos que tem ocorrido a décadas em nosso estado e até outros vizinhos. Se há um desinteresse por parte de “muitos”, agora mesmo existe uma minoria (UPUPI), mais convicta, idealizada e com propósito de tentar esclarecer e buscar o entendimento deste fenômeno em terras piauienses.
Ao longo destas viagens que o grupo tem realizado em algumas cidades do estado do Piauí, existe o interesse maior de mapear essas incursões supostamente alienígenas, procurando interpretar outras “faces” que o fenômeno assume. Inserindo contextos que serão expostos futuramente. Procurando dar a ufologia um caráter multidisciplinar, algo que deveria ter sido feito há muito tempo por outros. Pois acreditamos que as respostas não seguem um padrão “retilíneo” de aparência dos fatos. Haverá quem sabe, sempre a necessidade de encontrar novos caminhos, atalhos e de refazer nossas interpretações e convicções.

2. Investigando novos fatos: Casos em Lagoa do Piauí

Havíamos combinado no final do ano que passou (2006), que algumas pesquisas importantes serão realizadas ao longo de promissor ano de 2007. Como é de costume, após as festividades natalinas, passagem de ano e carnaval, o grupo retornaria para suas atividades relacionadas às incursões interioranas deste estado. Aproveitamos os dois primeiros meses (janeiro e fevereiro) para reflexões, viagens pessoais e familiares e outras atividades. Neste período de “inverno” (verão) onde as chuvas estão presentes, nos condicionamos somente à troca de informações e poucas reuniões para tratarmos de assuntos internos.
O núcleo de investigação ufológica do Piauí iniciou suas atividades de forma intensa e bastante proveitosa agora em março de 2007. Como acertado nas reuniões que antecedem os procedimentos de pesquisa, estamos apenas fazendo visitas de reconhecimento na área e estabelecendo pontos de vigílias futuras. Por causa do período chuvoso fica impossível se estudar a casuística em foco. O local pesquisado pelo grupo nesse mês foi Lagoa do Piauí e Demerval Lobão, para experimento da região e colhimento dos relatos de supostos avistamentos ufológicos. O que nos motivou a pesquisar essas localidades deve-se ao fato da participação da UPUPI (devidamente representado pelos pesquisadores Flávio Tobler e Igor Patrik) no programa “Ronda Policial”, pela TV Meio-Norte em 01/11/06, onde ligaram um número significativo de telespectadores ao programa relatando suas crenças e experiências pessoais. Através de uma destas testemunhas, chamou nossa atenção um depoimento convocando a UPUPI a se dirigir à Lagoa do Piauí, foco de incidências há bastante tempo. Como nunca tínhamos visitado a região, mobilizamos os integrantes para ir ao local assim que possível, depois de quatro meses conseguimos fazer a viagem no dia 10 de março de 2007.

Assim combinado, saímos de Teresina na manhã de sábado às 09h23, seguindo em dois veículos com sete integrantes. Reforçamos nossa alimentação com um bom lanche, pois só retornaríamos pela tarde. O município fica a 38 Km da capital piauiense, mais devido alguns contratempos de atraso, chegamos no ponto de estudo somente às 10h59. Iniciamos nosso trabalho de campo no restaurante “Ecovida”, que fica na entrada daquela cidade. Nosso ponto de partida foi uma conversa informal com uma funcionaria (cozinheira) daquele estabelecimento que se chama “Maria da goma”. Esta nos relatou que na região é bastante comum tal aparição e confirmou sobre a informação dita na TV em novembro passado. Após esse rápido dialogo, iniciamos a operação pela cidade.A pesquisa de campo é a parte mais espinhosa no trabalho ufológico, principalmente quando se é estranho na região. Existe a natural reação de desconfiança de seus moradores. Alguns não querem se expor à gozação e outros que participaram de algo mais profundo, preferem ficar de fora temendo alguma complicação. O certo é que há sempre a necessidade de habilidade por parte dos ufólogos para iniciar uma boa investigação. Devido à prática que estamos acostumados a fazer, tomamos como ponto de partida uma boa filmagem de locais estratégicos da cidade. Há sempre locais onde circulam muitos moradores (comércios, bares, mercado público etc.), e nestes ambientes existe a possibilidade de relatos ufológicos.

Partindo deste principio, a equipe da UPUPI dividiu-se dois grupos, ambos monitorados via rádio para agilizar a troca de informações e entrevistas. Após um certo tempo, o sub-grupo compostos pelos integrantes Francisco Aristides, Igor Patrik e Leonardo e João Júnior, Samuel Carlos e Flávio Tobler, conseguiram pistas que nos levaria a um possível morador que tinha presenciado o fenômeno. O mais impressionante foi em conversar com alguns populares que nunca ouviram falar do assunto na região. A alienação muitas vezes é tamanha que levamos a imaginar que em muitos casos os óvnis podem pousar no quintal da sua casa e apenas os seus vizinhos conseguem vê-los. Chegamos a um ponto comercial (frigorífico) no mercado público daquele município para conhecer o senhor José Bonerges. Homem simples e popular nos atendeu prontamente para relatar sua experiência vivida na zona rural daquela cidade. Conta ele, não lembrando especificamente do mês que ocorreu. Segue abaixo transcrito seu relato:





“Eu já tinha ouvido falar em disco voador (...) ele ficou voando perto de mim, eu e um irmão meu (...) eu vi mermo o aparelho (...) ele não fazia zoada (...) era redondo (...) de lá [do observador ao objeto] à distância assim de... 300 metros, eu enxergava tudo: a mandioca (...) aí ele passou, bem devagarzinho, mas não fazia zoada, aí eu estranhei:” não é avião “... aí eu notei ele redondinho (...) aquilo é disco voador (...) aí passou... e foi embora, depois descobri mermo (...) um cunhado meu, tava esperando também, tornou a ver também[Mediador:Nesse mesmo lugar?] já foi em outra parte [momento temporal diferente], mas na mesma direção que eu vi ele viu (...) na estrada, no carro(...)[o objeto] acompanhou ele (...) [Mediador: Como é o nome de seu cunhado?] Paulo Brandin (...)eu vi isso tá com uns três anos mais ou menos[provavelmente em 2004] (...) daqui pra cá eu não vi mais (...)só vejo o pessoal falar (...) que tá aparecendo...aqui sempre aparece.”






Seu filho que estava naquele comercio observando a entrevista, também falou que já ouviu muito falar sobre estas aparições, e que relatam que é aconselhável sempre a testemunha ficar quieta e não reagir com o acontecimento. Bonerges por ser cunhado de uma outra testemunha do fenômeno, o mesmo nos ajudou a localizá-lo posteriormente. Começava a chegar as nossas lentes os primeiros relatos de um lugar que a principio seria difícil conhecer a sua casuística, mas aos poucos as informações ganhavam materialidade. Diante da informação já passada, chegamos à residência do senhor Paulo Brandin, este nos recebeu com seus familiares e nos concedeu também uma entrevista na qual relembrou suas duas experiências com os supostos óvnis. Percebemos ao inicio de sua narração, que o mesmo é uma pessoa esclarecida, tinha consciência das manifestações ufológicas pelo mundo. Reportagens televisivas, jornais, revistas e artigos lidos no passado contribuíram par identificar melhor a suas experiências. Seu relato é rico e surpreendente:





“Eu tava esperando, passei a noite esperando, era eu, meu filho e um cunhado tá com cerca de sete anos mais ou menos, cerca de sete a oito anos [aproximadamente 1998/1999],(...)
[Nota-se que os avistamentos ocorreram em momentos diferentes, mas que nos relatos há um cruzamento da participação de ambos no fato, legitimando as versões dos depoentes nesses dois casos].
(...) aqui próximo num terreno baldio, daqui você vê um morro que tem ali, um morro alto, por trás daquele morro, todos nós, nós três vimos, nós estávamos em locais distintos, longe um dos outros não é, os dois estavam cerca de um quilômetro de onde eu estava mais ou menos. E eu...Noite de escuro...Eu tô olhando para o chão, de repente clareou como isso aqui...Que eu olhei o objeto tava passando em cima...a noite, passou por cima de mim e sumiu...No deu nem tempo da gente ter medo (...) teve um rapaz na mesma noite que viu bem aqui no meio dessa baixa, passou por cima do rapaz, passou lá onde estava meu filho, meu cunhado e passou por onde eu estava, essa foi à primeira vez que eu vi isso. O formato era redondo, era uma luz esverdeada [Mediador: Que horas eram?] Por dez horas da noite mais ou menos. Eu estava sozinho na mata, no centro da mata, os outros dois andavam comigo, mas em local distante de mim e por coincidência parece que todos os três viram, mas esse rapaz que mora aqui também que viu, ele no meio da marcha num lugar limpo que ele não tinha onde se esconder, passou em cima dele né...Aqui muitas pessoas já viram essas coisas, mas na forma de luz... É uma luz muito intensa [Mediador: Ela mudou de cor?] Não, ela não mudou...Eu tava olhando pro chão que tinha rato mexendo em baixo e eu olhando aqui pra ouvir direitinho pra localizar, de repente clareou, que eu olho já ia passando por mim. [Mediador: Tinha algum barulho?] Nenhum barulho, passou e foi embora...[Mediador: Estava a quantos metros?]...) Não sei te dizer,  eu tava mais ou menos nessa altura que a gente fica aí “trepado” no pau né? Mais ou menos a cinco metros e ele deve ter passado uns dez ou quinze metros [Mediador: Nessa noite eles chegaram a ver também?] Eles também viram.

A segunda vez eu vi mais minha esposa, eu vinha do interior de uma cidade, um povoadozinho que tem aqui perto [Esposa: Noêmia] ficamos lá até umas oito, nove horas [da noite] e fomos embora só nós dois de carro, e é deserto o local, quando chegamos numa localidade chamada Baixa dos Cupins. De longe eu vi aquela luz, aquela tocha né! [Mediador: Em frente?] Ao lado, eu dirigindo e olhando pra aquilo e ela: “Olha que coisa bonita”, vamo “parar pra ver”, quando eu parei que desliguei o carro eu vi que tinha feito besteira...Eu vejo dizer que realmente que influi nos carros (...).
 [Essa fato que saiu do depoimento pode ser melhor estudada na obra “O Livro Azul dos Discos Voadores”, de Valter Morandi sobre interferência em motores de carros em perseguições promovidas por UFOs. EMOPI GRÁFICA, CAMPINAS-SP]
(...) aí vi que não era um objeto normal, eu liguei imediatamente o carro e o objeto se aproximou e eu comecei a correr ficou todo o tempo na altura das árvores, também em formato de luz (...) uns três quilômetros mais ou menos ele me acompanhou aí quando nós chegamos num lugar chamado Boca do Mato ele sumiu, aí a Noêmia: “O que é isso?” Aí eu disse: “Se você nunca viu um OVNI, é esse troço aí”. (...) Aí a gente, num travessão pra sair num asfalto, quando nós entramos ele tava na frente, parado mais ou menos uns vinte metros de altura. (...) Eu fui pra cima e ele “fastando” até que nós chegamos num riacho (...) aí lá ele sumiu. No outro dia eu tive que comprar uma bateria nova pro carro, o carro não pegou mais carga nem coisa nenhuma, perdi a bateria...  [Esse avistamento foi aproximadamente três a quatro meses depois do inicial]. Agora aqui é comum você encontrar pessoas que dizem que viu.
Paulo falou-nos ainda sobre um contato ocorrido com um vaqueiro da região e seu conhecido que se chamava Jose Brito. Este também era caçador e numa dessas jornadas, presenciou um fato interessante. O protagonista estava sobre uma árvore, quando um objeto luminoso passou pelo local e posou por traz de um morro próximo. Motivado pela curiosidade desceu da espera e caminhou naquela noite até ver o que realmente tinha acontecido. Ao atravessar o referido obstáculo, percebeu que o óvni estava no solo e com muito medo tratou de evadir-se daquela situação. A referida testemunha não foi possível narrar sua experiência a nossa equipe, pois o mesmo já havia falecido. Noêmia também relembrou outra situação acontecida com um conhecido de nome João. Este por morar numa fazenda a alguns quilômetros daquele município ficou agendado para uma segunda viagem àquela região.
Diante dos acontecimentos de cunho ufológicos que foram relembrados naquela entrevista, Paulo citou um fato acontecido com seu filho Sergio no estado do Amazonas em 1991. O mesmo na época era militar e havia se destacado para aquela região para manobras militares. Ele juntamente com um colega participava de um treinamento naquela selva, quando o segundo afogou-se num lago. Teve que pernoitar naquela área e avistou um óvni na referida noite. Brandin afirmou-nos que em Lagoa do Piauí muitas pessoas já presenciaram o fenômeno pelas matas daquele município, e diante desse fato ficou estabelecido um retorno nosso para investigar outras ocorrências.
Devemos encarar esses depoimentos dentro de um princípio possibilístico e não interpretar na sua verdade, pois é impossível dar materialidade à memória, pois ela não apenas lembra, ela trabalha num exercício de invenção para capturar imagens e sintonias perdidas na mente da testemunha, então o que acabamos de ver são apenas possibilidades casuais ufológicas e não a verdade no sentido uno e monolítico que somos acostumados a absorver.
Os avistamentos são recorrentes em período de caçada, no verão (junho/julho). O Sr. Paulo Brandin afirmou que pesquisadores de outros Estados já investigaram a região, sendo publicada uma revista (no qual ele não lembra) de um caso na Fazenda São Pedro, em Demerval Lobão. Dentre as testemunhas que participaram do tal caso na fazenda, (Francivaldo) não quis dar entrevistas sobre o fato, mas em futuras visitas intensificaremos esse caso. Vale destacar que Rosângela (que estava no local da entrevista e que nos indicou a fazer entrevista com Senhor Fracivaldo) afirmou que pesquisadores norte-americanos já estiveram no local para pesquisar à casuística em torno da região.

3. Demerval Lobão: visitando a comunidade Mutun

Logo após essa visita a Paulo, nos deslocamos para Demerval Lobão (30 Km de Teresina) às 12h23 e como já foi dito, Francivaldo não quis conversa, mas tivemos a sorte de encontrar (12h40) a simpática Senhora Iva, que foi bastante receptiva com o grupo e afirmou ser uma simpatizante do assunto, e que deseja muito ver o fenômeno para afirmar sua crença. Contou-nos que Sempre viaja para regiões interioranas, e costuma investigar estas manifestações com os seus moradores. Foi numa destas incursões, na qual promoveu um curso de doce de buriti (fruto típico do Nordeste) que conheceu a comunidade Mutun, localizado a 12 Km daquele município.

 






 Com suas dúvidas pertinentes, indicou-nos que fossemos a este povoado e falássemos com Antônio José da Silva, conhecido como “Zé do Povo”, coordenador local sobre os casos dessa região. Imediatamente nos dirigimos com muitas dificuldades (carro ameaçado de atolar, pouca gasolina, calor, péssima condição de tráfego, “compactação” da equipe num único veículo etc...), mas com muita determinação para registrar os relatos desse homem.

 

 





Chegamos a Mutun as 13h34, é uma região de 30 famílias beneficiada pelo Governo Federal e Banco do Nordeste, onde a associação dos pequenos produtores do povoado Espraiado recebeu uma verba de R$ 351, 419,36 para produzir suas economias. A comunidade possui uma vida simples e distante da zona urbana de Demerval Lobão. Encontramos por lá este coordenador e contatado, que nos fez o seguinte relato:

 

 






(...) Foi uns três anos atrás [2004], em menos de três anos, foi aqui (...) nessa localidade aqui, Mutun, né?! A gente ia caçar no mato (...) e antes de chegar no local determinado que a gente ia [nas proximidades de São João e São Pedro], logo no meio da estrada veio aquele reflexo como se fosse a lua, aí de repente deu um foco na gente que teve que retirar pra “de dentro” do mato (...) porque desapareceu, aí lá na frente demarcou uma via né?! E quando chegou mais adiante numa chapada (...) aí os cachorros “tavam” acoados e aí (...) disse: “rapaz deve ser uma paca” (...) antes de chegar lá, a gente tava com uma lamparina e aí lá vem ele de novo e eu mais o Marcos correndo (...) [Mediador: Estavam quantas pessoas?] tava, meu tio e o Marcos, aí meu tio correu lá pra onde tava a casa, se abaixou lá de baixo de um pé de árvore e ele [objeto] “arrudiando” lá e depois deixou lá e correu atrás de mim e do Marcos [Mediador: Vocês estavam de bicicleta ou a pé?] De “a pés”, “entramo” numa mata fechada, onde ele [objeto] vê a luz da lamparina era melhor para ele atacar a gente (...).
[Esse tipo de reação é bastante comum dentro das perseguições às vítimas no interior, os Ufos se sentem atraídos por luzes, segundo inúmeros depoimentos registrados pela Ufologia internacional].


 (...) depois foi que a gente teve a idéia: “vamos entrar num lugar fechado que certamente ele [objeto] não vai ter como decolar né?!” E assim aconteceu... [Mediador: Por volta de que horas mais ou menos?] De oito horas pra oito e meia da noite, foi isso “mermo”, não era tão tarde assim não, [Mediador: A forma do objeto?] era uma luz redonda “azulzona” como se fosse um farol. [Mediador: Fazia algum barulho?] A gentenão ouvia barulho de nada, logo ele não chegou a ficar muito baixo não (...), mas meu tio falou que ele [objeto] ficou lá “arrudiando” a árvore que ele ficou agachado (...) [Mediador: Ele chegou a aproximar?] Ele chegou a aproximar, mas ele “num” chegou mais próximo porque as árvores não eram tão baixas (...) e ele [objeto] não teve como...né?!
Ele compara seu avistamento ao programa de Augusto Liberato, usando como referência para sustentar seu depoimento e afirma que muitas pessoas já viram, mas temem contar o fato.
Um outro fato interessante também aconteceu com ele. Nesta ocasião “Zé do Povo” havia se deslocado com seu carro (fusca) para casa de um parente (primo) numa região a alguns quilômetros daquela comunidade. Estava namorando no interior do veículo (não muito tarde da noite) numa área remota e isolada daquela estrada vicinal. Percebeu num dado momento um grande clarão sobre o carro, fato que o obrigou a fechar as portas e fugir daquela localidade. Como já havia participado de outra experiência, assustado não quis investigar sua origem.

Contou-nos ainda que Edmundo, seu cunhado teve também uma experiência com o fenômeno. O fato deve ter ocorrido há uns três anos (2004) na localidade de nome “saquim de côco” que fica a alguns quilômetros daquela comunidade. Não soube contar detalhes do ocorrido, mais garantiu que o seu cunhado chegou a ficar adormecido com a experiência. Também um fato interessante aconteceu ano passado (2006), quando alguns moradores daquela localidade foram pescar num açude próximo (2 Km). Não conseguimos entrevista os participantes do episódio, mais que “Zuma” um dos contatados relatou ao líder comunitário que o objeto apareceu para eles, fazendo com que fugissem da pescaria. Esses detalhes foram confirmados pelo morador Paulo (foto) e que também viu uma luz numa caçada, não sabendo dizer o que realmente era pelo fato de ter-se evadido do lugar imediatamente.
Foi nos relatado que o óvni costuma aparecer no “verão” (período conhecido no Nordeste com ausência de chuva) e que são muitos os contatos por aquela região. Geralmente as manifestações começam a parti de junho, ficando estabelecido à promessa de voltarmos e fixarmos junto aos moradores Paulo e Antonio um ponto de apoio para futuras pesquisas e vigílias. Povo acolhedor e hospitaleiro como em muitos lugares que já passamos, cativou-nos. Estimulou também nossos pensamentos para a necessidade de aprofundamento, analises de campo naquela área e muitas outras, visando quem sabe com boa sorte fazermos um ótimo registro das manifestações ufológicas.
A pesquisa foi finalizada às 14h09 de forma muito positiva por todos nós que estamos ansiosos para dar continuidade a esse celeiro de OVNIS que circula em nosso estado. Agora mais uma região foi adicionada e mapeada como parte desta intrigante, sugestiva e inquietante fenomenologia ufológica piauiense.

Participaram da pesquisa:
Flavio Tobler, Wilson Moura, Igor Patrik, Leonardo,
 Francisco Aristides, João Júnior e Samuel Carlos.
Mediadores nas entrevistas:
Igor Patrik.
Flávio Tobler.
Transcrição das entrevistas e fotografia:
Francisco Aristides.
Redação Final:
Flávio Tobler.
Francisco Aristides.
Gravação dos depoimentos:
João Júnior.
Apoio Técnico:
Wilson Moura
Coordenador da pesquisa:
Igor Patrik.
Filmagens e ilustrações:
Flávio Tobler.

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Março de 2007

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